Self portraits, Self acceptance
Aqui, banhada pelo suave abraço da luz natural que entra pela janela, embarquei numa viagem de auto-descoberta através das lentes da minha câmara.
Tudo começou com alguns testes que eu queria fazer com pouca luz. E o único modelo disponível era... eu. E assim um exercício comum tornou-se algo muito mais profundo do que isso.
Enquanto preparava a minha câmara e ajustava os ângulos, a luz do dia pintava um retrato do meu rosto, lançando sombras e destaques que dançavam na minha pele.
No processo de captar a essência de mim própria, confrontei-me com as imperfeições que muitas vezes passam despercebidas para mim, mas para os outros também. Imperfeições que só eu consigo ver, eu sei. A câmara tornou-se uma ferramenta não apenas para criar arte, mas também para abraçar a verdade crua e não filtrada do meu próprio reflexo. As marcas no meu rosto, como tinta numa página, revelaram uma história de resiliência, crescimento e conquistas.
Ao ver cada foto, vi para além da forma física. As imagens tornaram-se um testemunho da viagem que já percorri, dos desafios que enfrentei e dos triunfos que alcancei. O auto-retrato transformou-se numa autobiografia visual, uma tela de auto-aceitação onde as falhas não eram falhas, mas as marcas de uma vida rica em experiências.
Através da interação de luz e sombra, descobri uma nova apreciação pelas histórias gravadas na estrutura do meu ser. O auto-retrato tornou-se um espelho refletindo não apenas a superfície, mas também a profundidade do meu carácter. Fiz as pazes com as falhas, reconhecendo que elas são parte integrante de quem eu sou.
À medida que continuo com o meu projeto de retratos para outras pessoas, este exercício pessoal infundiu no meu trabalho um profundo sentimento de empatia e compreensão. A viagem de autodescoberta através das lentes não só enriqueceu a minha arte, mas também se tornou uma fonte de inspiração para os retratos que quero criar para outras pessoas – um testemunho da beleza encontrada na autenticidade e da força derivada de abraçar a própria história.
X,
Sofia
Here, bathed in the gentle embrace of natural light streaming through the window, I embarked on a journey of self-discovery through the lens of my camera.
It all started with some test shoots I wanted to do with low light. And the only model available was.. me. And soon a common exercise became much deeper than that.
As I set up my camera and adjusted the angles, the day light painted a portrait of my face, casting shadows and highlights that danced on my skin.
In the process of capturing the essence of my own being, I found myself confronting the imperfections that often go unnoticed to me, but to others too. Imperfections that only me can see it I know. The camera became a tool not just for creating art but for embracing the raw, unfiltered truth of my own reflection. The marks on my face, like ink on a page, revealed a story of resilience, growth, and accomplishments.
As I reviewed each shot, I saw beyond the physical form. The images became a testament to the journey I've undertaken, the challenges I've faced, and the triumphs I've achieved. The self-portrait transformed into a visual autobiography, a canvas of self-acceptance where flaws were not flaws at all but the imprints of a life rich in experience.
Through the interplay of light and shadow, I discovered a newfound appreciation for the stories woven into the fabric of my being. The self-portrait became a mirror reflecting not just the surface but the depth of my character. I made peace with the flaws, recognizing that they were integral to the masterpiece that is me.
As I continued with my portraits project for others, this personal exercise infused my work with a profound sense of empathy and understanding. The journey of self-discovery through the lens not only enriched my art but also became a source of inspiration for the portraits I want create for others—a testament to the beauty found in authenticity and the strength derived from embracing one's own story.
X,
Sofia