A Journey Through Anxiety: Finding Strength, Love, and Healing
Anxiety is like a shadow, always present but never defining the full picture of who you are.
Texto em inglês e português.
In the quiet corners of my mind, anxiety first made its presence known when I was 18. My father just survived a heart attack and it was during the tumultuous college years, a time when the world seemed vast and daunting, that I felt lost in the labyrinth of my own fears about the future. Anxiety became a silent companion, subtly weaving its threads into my daily life.
The good old days when my biggest concern was the impending doom of exams and the existential dread that accompanies choosing a major. Little did I know, anxiety had set up camp, ready to play an unexpected role in my life.
As I grappled with this invisible adversary, my attempts to understand and conquer it were met with isolation. I was navigating uncharted territory without a map, unaware that anxiety had become the puppeteer, pulling the strings that controlled my emotions.
The turning point arrived when I found myself in a relationship that didn't offer the security I craved. It was in the vibrant city of Lisbon that anxiety ebbed and flowed, mirroring the tides of my emotions. It came and went, much like my relationship's commitment to providing me with stability.
But then, a miraculous twist of fate occurred—I became pregnant. The realisation that a tiny life depended on me infused me with a newfound strength. I felt an unspoken power, a force that could defy anything anxiety threw my way. It turns out impending motherhood can make you feel like a superhero, cape and all.
Three years passed, and a second baby enriched my life. During their early years, my children became my anchors, grounding me in the present and allowing me to face the world with newfound resilience. Yet, life took an unexpected turn as my relationship crumbled, it crumbled faster than a poorly constructed Jenga tower, leaving my heart shattered into a million pieces.
Alone with two little ones, financial support was present, but emotional support was a distant echo. Anxiety, like a relentless storm, worsened. I vividly remember holding my babies, struggling to breathe, feeling as though the ground beneath me would crumble. But always with a brave face for them, my children remained my priority.
In the midst of this chaos, I birthed not only my babies but also a business. Photography became my refuge, offering moments where my mind could escape the clutches of anxiety. But as my babies grew independent, I was forced to confront my anxiety once again, grappling with a lack of purpose and direction. And let me tell you, anxiety during a toddler tantrum is a whole new level of chaos.
Few understood the crippling nature of anxiety at that time. Instead of compassion, I faced judgement, fostering guilt and exacerbating my sense of loneliness. Years later, back in Oporto, I embarked on a journey of psychotherapy—a decision that remains the best I ever made for myself and my children.
Seven years of therapy brought some relief, yet anxiety reared its head again. Seven years of introspection, a few lightbulb moments, and countless tissue boxes later, I emerged slightly more intact.
Fast forward 8 years and another failed relationship and a business downturn left me feeling adrift. Sleepless nights turned into weeks, and the precipice of losing my mind became a haunting reality. I seriously contemplated whether a staycation in a hospital was in order. But I decided no: Hospital gowns are not the most flattering fashion statement.
With courage, I sought professional help. My mind and body were entangled in a battle that required more than sheer willpower. Lifestyle changes became my allies—better nutrition, adequate sleep, and exercise, the latter proving to be a cathartic release for my pent-up frustrations.
As the years passed, self-love became the cornerstone of my recovery. I slept, laughed, and travelled solo with my kids, grateful for the genuine happiness that had returned to my life. I decided I was okay, and everything would be okay.
In the midst of this transformative journey, true love entered my life. A love that warranted another blog post—a love embodying security, patience, compassion, friendship, support, understanding, humour, and, most importantly, respect—the very qualities I had once prayed and penned in a letter to myself.
For every mom grappling with the pressure of having it all figured out, I stand as a testament that life unfolds in its own way. The journey of raising my children became a parallel path of growth and healing, a process of learning life alongside them. Today, I can provide them with an example of courage and a blueprint for a respectful and loving relationship.
So, to anyone reading this while navigating the storm of difficult times—hold on, believe, have patience, be gentle with yourself, and trust that everything will fall into place at the right time.
And if you are in these difficult times, write me because you are not alone.
And comment if your wish a blog post more detailed with everything that helped me with anxiety.
Sofia Almeida
Anxiety is a temporary storm that may shake the sails, but it cannot sink the ship if we learn to navigate through its waves with courage and resilience.
Nos cantos tranquilos da minha mente, a ansiedade tornou-se conhecida pela primeira vez quando eu tinha 18 anos. Meu pai tinha acabado de sobreviver a um ataque cardíaco e foi durante os tumultuados anos de faculdade, uma época em que o mundo parecia vasto e assustador, que me senti perdida no labirinto dos meus próprios medos sobre o futuro. A ansiedade tornou-se uma companheira silenciosa, tecendo subtilmente os seus fios na minha vida diária.
Os bons e velhos tempos, quando minha maior preocupação eram os exames e o pavor existencial que acompanha a escolha de uma especialização. Mal sabia eu, que a ansiedade havia montado acampamento, pronta para desempenhar um papel inesperado na minha vida.
Ao lutar contra esta adversária invisível, as minhas tentativas de compreendê-la e vencê-la foram recebidas com cada vez mais isolamento. Estava a navegar por um território desconhecido sem mapa e sem saber que a ansiedade havia se tornado a mestre e eu a marioneta, puxando os cordelinhos que controlavam as minhas emoções.
O twist chegou quando me vi num relacionamento que não oferecia a segurança que eu desejava. Foi na vibrante cidade de Lisboa que a ansiedade foi espreitando de vez em quando, espelhando as marés das minhas emoções. Ela ia e vinha, tal qual o compromisso do meu relacionamento em me proporcionar estabilidade.
Mas depois uma reviravolta milagrosa do destino: engravidei. A percepção de que uma pequena vida dependia de mim infundiu-me uma nova força. Senti um poder tácito, uma força que poderia desafiar qualquer coisa que a ansiedade lançasse no meu caminho. Acontece que a maternidade iminente pode fazer com que te sintas uma super-heroína, com capa e tudo.
Três anos passaram e um segundo bebé enriqueceu minha vida. Durante os primeiros anos, os meus filhos tornaram-se as minhas âncoras, fixando-me no presente e permitindo-me enfrentar o mundo com uma nova resiliência.
No entanto, a vida tomou (mais) um rumo inesperado quando o meu relacionamento desmoronou-se, e desmoronou-se mais rápido do que uma torre Jenga mal construída, deixando meu coração partido em um milhão de pedaços.
Sozinha com dois filhos o apoio financeiro esteve presente, mas o apoio emocional foi um eco distante. A ansiedade, como uma tempestade implacável, piorou. Lembro-me claramente de pegar no meus bebés ao colo, e de lutar para respirar, sentindo como se o chão debaixo de mim fosse desmoronar. Mesmo assim, punha cara de coragem para eles, meus filhos continuavam a ser a minha prioridade.
No meio desse caos, dei à luz não só meus bebés, mas também um negócio. E a fotografia tornou-se meu refúgio, oferecendo momentos onde minha mente pudesse escapar das garras da ansiedade.
Mas à medida que os meus bebés tornavam-se independentes, fui forçada a enfrentar a minha ansiedade mais uma vez, lutando contra a falta de propósito e direção. E deixa-me dizer, que a ansiedade durante uma birra de uma criança é um nível totalmente novo de caos.
Poucos entendiam a natureza paralisante da ansiedade naquela época. Em vez de compaixão, enfrentei o julgamento, fomentando a culpa e exacerbando o meu sentimento de solidão. Anos mais tarde, de volta ao Porto, embarquei numa jornada de psicoterapia – uma decisão que continua a ser a melhor que já tomei para mim e para os meus filhos.
Sete anos de terapia trouxeram algum alívio, mas a ansiedade apareceu novamente. Sete anos de introspecção, alguns momentos luminosos e inúmeras caixas de lenços de papel depois, emergi um pouco mais intacta.
Avançando 8 anos e outro relacionamento fracassado e um negócio a falhar deixaram-me à deriva novamente. Noites sem dormir transformaram-se em semanas, e o precipício de perder a sanidade mental tornou-se uma realidade assustadora. Pensei seriamente se um internamento no hospital seria adequado. Mas decidi que não: as batas hospitalares não são a declaração de moda mais lisonjeira.
Com coragem, procurei ajuda profissional. A minha mente e o meu corpo estavam envolvidos numa batalha que exigia mais do que pura força de vontade. As mudanças no estilo de vida tornaram-se minhas aliadas – melhor nutrição, sono adequado e exercícios, este último provando ser uma libertação catártica para minhas frustrações reprimidas.
Com o passar dos anos, o amor próprio tornou-se o pilar da minha recuperação. Dormi, ri e viajei sozinha com meus filhos, grata pela felicidade genuína que havia regressado à minha vida. Eu estava bem e tudo ficaria bem.
No meio dessa jornada transformadora, O amor verdadeiro entrou em minha vida. Um amor que merece um post por si só – um amor que representa segurança, paciência, compaixão, amizade, apoio, compreensão, humor e, o mais importante, respeito – as mesmas qualidades pelas quais uma vez rezei e escrevi numa carta para mim mesma.
Para cada mãe que enfrenta a pressão de ter tudo resolvido sou uma prova de que a vida se desenrola à sua maneira. O caminho de criar os meus filhos tornou-se um caminho paralelo de crescimento e cura, um processo de aprendizagem da vida ao lado deles. Hoje posso dar-lhes um exemplo de coragem e um mostrar-lhes um modelo de um relacionamento respeitoso e amoroso.
Portanto, para qualquer pessoa que esteja a ler isto enquanto navega na tempestade de tempos difíceis: aguenta firme, acredita, tem paciência, sê gentil contigo mesma e confia que tudo se encaixará no momento certo.
E se estás num desses momentos difíceis, escreve-me porque não estás sozinha(o).
E comenta se gostavas de um post mais detalhado com tudo que me ajudou com a ansiedade.
Sofia Almeida
Anxiety is a silent storm within, but remember, storms eventually pass, and the sun shines through the clouds of uncertainty.